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Mostrando postagens de abril, 2020

A ASSISTÊNCIA DO HOSPITAL DA MISERICÓRDIA DE MANAUS EM TEMPOS DE EPIDEMIA

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Camyla Torres (Mestranda PPGAU/UFPA e bolsista FAPEAM) Ao longo da história da humanidade, as várias epidemias ocorridas no mundo foram propiciadas pelo surgimento dos aglomerados populacionais, novas rotas de comércio, movimentos migratórios, dentre outros. Na distribuição espaço-temporal, as doenças e suas consequências mobilizaram grandes esforços para a implementação de ações médico sanitárias, sociais e econômicas, cujas consequências promoveram profundas transformações nas sociedades. Desde o início de 2020 vivemos um momento específico e histórico por conta da pandemia do novo Coronavírus, a  COVID-19 , que segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, constitui-se em uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, o mais alto nível de alerta, contaminando mais de 2.314.621 casos e 157.847 mortes, contabilizados até o dia 20 de abril de 2020. O Brasil, na mesma data, registrou 40.581 casos confirmados da COVID-19 e 2.845 mortes.  Para se entender este

BASÍLICA DE NAZARÉ: REFÚGIO, ISOLAMENTO, PATRIMÔNIO E (RE)CONHECIMENTO

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Wagner J. Ferreira da Costa O isolamento social em Belém do Pará firmado pelo Governo do Estado desde final de Março do presente ano, na tentativa de amenizar os efeitos nocivos a população causados pelo Coronavírus (COVID-19), pôs em evidência o quanto a cidade que criamos nos assombra e, em contrapartida, permitiu que vislumbrássemos o papel do patrimônio da Basílica Santuário de Nazaré em meio a pandemia, enquanto “refúgio”, que se faz (re)conhecer nos tempos atuais, mesmo que demarcada por uma certa “invisibilidade visiva”, dada a poluição visual do bairro de Nazaré e/ou pela assimilação das formas existentes por parte dos indivíduos da localidade compondo seu cotidiano, e, portanto, como algo “comum”. No seu livro “Paisagens urbanas”, publicação de 1996, Nelson Brissac Peixoto descortina a dimensão da cidade contemporânea como uma justaposição, um cruzamento de espaços e tempos distintos que convivem no mesmo cenário, passando desapercebidos quanto a sua complexidade, em v

O SANATÓRIO PARAENSE E O ISOLAMENTO DOS DOENTES EM TEMPO DE EPIDEMIA

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Cybelle Salvador Miranda Larissa Silva Leal No dia 20 de março de 2020, a página oficial da EBSERH, empresa que administra o Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), publicou a notícia de que o hospital receberá pacientes infectados pela nova doença causada pelo Coronavírus, a COVID-19 , responsável pela pandemia vivida atualmente. Diante deste fato, a evocação do histórico da instituição reitera o passado do HUJBB, marcado por epidemias desde o início de seu funcionamento, quando este ainda era o Sanatório Barros Barreto (SBB).  Figura 01 - Notícia publicada no site da EBSERH. Fonte: Portal da EBSERH-HUJBB Em fins da década de 20 do século passado, a tuberculose (conhecida também como Peste Branca) era responsável por mais da metade dos óbitos em todo o Brasil, sob a somativa de dois fatores: a situação sanitária das cidades brasileiras e a falta de instituições para tratamento da doença. Segundo Bertolli Filho (2001) a tuberculose, causada por uma b