Crônicas de Salamanca - Parte 1

ESTANCIA EM SALAMANCA, PROGRAMA TOP ESPANHA SANTANDER UNIVERSIDADES 2014

Por Cybelle Salvador Miranda
     
Na tarde do dia 9 de agosto, após 10 horas e 20 minutos de viagem pela Companhia aérea espanhola Ibéria, desembarcamos no Aeroporto de Barajas, Madri, cuja arquitetura é muito interessante, com formas curvas e cores em dégradé. No terminal 4, após uma caminhada extensa descemos até o local de apanhar o trem interno que nos conduziu a área de bagagens (Cintas). Na saída, havia nossas guias espanholas que no conduziram aos autobuses para o jantar/almoço em Ávila, e depois seguimos para Salamanca.

      Durante a viagem, a guia nos chamou atenção para o Vale de los caídos, onde há uma enorme cruz que simboliza os mortos durante a Guerra Civil Espanhola, bem como o Mosteiro do Escorial. Ao chegar a Ávila, cidade patrimônio da humanidade, com suas muralhas antigas, referiu-se Santa Teresa de Ávila, cujo centenário de nascimento será comemorado no próximo ano (Ver figura 1). Como agosto é o mês de férias dos europeus, as cidades encontram-se bastante movimentadas, com famílias de turistas que reúnem distintas gerações. Além disso, o verão espanhol permite que se aproveite o dia até as 10 horas da tarde, visto que este é o horário do por do Sol. 

Figura 1 

      Como representante docente da Universidade Federal do Pará nesta edição do programa, fiquei hospedada na Residência Hernán Cortés, situada no extremo do casco histórico de Salamanca, como se pode perceber no mapa. (Figura 2)


Figura 2

Plano de Salamanca

      Salamanca é uma cidade inesquecível, tem tudo de melhor de uma grade cidade sendo pequena: bom transporte, restaurantes e cafés, deliciosos doces e croissants, espaços públicos bem tratados onde se pode caminhar sem medo, com calçadas bem tratadas, coleta de lixo automatizada, limpeza mecânica das ruas, onde se veem os habitantes locais convivendo harmoniosamente com turistas e estudantes. No verão, a altitude por volta de 800 metros torna o clima mais ameno, apesar da baixa umidade. Há que beber-se muita água, por supuesto, mas tudo o resto é delicioso. Alguns moradores mayores (como se chamam aqui) me abordaram para falar sobre a cidade, desejando que retorne a ela, demonstrando orgulho e afeto no tratamento com o visitante. Conhecer a língua, os costumes, adentrar os labirintos da cidade que a cada momento mostra uma face desconhecida...

      No primeiro dia pude fazer um reconhecimento prévio, com passagem pela Praça Mayor, típica das cidades espanholas e hispanoamericanas, de onde derivam ruas radiais, todas com prédios de grande interesse arquitetônico. Segui pela Calle Zamora até a igreja de San Marcos, de planta circular com linhas românicas, seguindo pela Avenida Torres Villarroel até a Praça de Touros (Ver figuras 3, 4 e 5). Este trajeto apresenta ruas mais largas, com mesas e cadeiras nas amplas calçadas, boa arborização que propicia uma caminhada agradável apesar do clima quente. Plátanos são as espécies favoritas, junto com ciprestes, cujas folhas balançam a brisa agradável que vem do Rio Tormes, que corta a cidade. 


Figura 3

Figura 4

                                                                           Figura 5

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