O Uso da Oralidade no (Re)Conhecimento da Paisagem do Centro Histórico de Belém (PA)

 
 O artigo "O Uso da Oralidade no (Re)Conhecimento da Paisagem do Centro Histórico de Belém (PA)" de autoria de Dinah Tutyia (Professora UNIFAP e doutoranda PPHIST/UFPA) e Cybelle Miranda (Professora PPGAU/UFPA) foi publicado no 16º Anais do Seminário História da Cidade e do Urbanismo (SHCU), eixo temático 4: Cidades, Memórias e Arquivos, páginas 1318 à 1335, de 2021. Este artigo utiliza-se do método de pesquisa etnográfico e da oralidade para apreender a memória coletiva dos moradores e comerciantes da rua Dr. Assis, no bairro da Cidade Velha. Rua esta que foi escolhida como objeto de estudo pelo seu uso comercial, uso que entra em conflito com os aspectos materiais de preservação do edifício, logo foi considerada a mais descaracterizada no bairro histórico. Boa leitura!
 
 


Figura 1: Imagem mostrada para dona Maria Castro. O conjunto de edificações de uso habitacional existentes no final dos anos 70. Fonte: FRAZÃO, 1979.
 
 
Figura 2: Imagem do trecho da Rua Dr. Assis onde existia  edificações de uso habitacional até o final dos anos 70. Fonte: TUTYIA, 2013. 

                                                                                                                    

Resumo:

 
O presente trabalho tem como objetivo destacar o uso da oralidade como uma fonte significativa de reconhecimento dos estratos históricos de áreas resguardadas por políticas preservacionistas. O instrumento de tombamento de centros históricos muitas vezes não leva em consideração a documentação do caráter imaterial presente nas falas e nas relações de trocas sociais dos usuários desses espaços, assim como dos usuários com os objetos arquitetônicos aos quais estão imersos. Desta maneira, este artigo traz a experiência da coleta de oralidades dos usuários do Centro Histórico de Belém do Pará (CHB/PA) - tombado pela Prefeitura Municipal em 1990 - dentro do recorte espacial de uma rua e seu entorno imediato no bairro da Cidade Velha. A referida coleta foi capaz de apresentar uma “nova” Cidade Velha, latente nas memórias e em outras fontes documentais. A partir desta coleta, foi elaborado um mapa denominado “marcos da memória”, como uma possibilidade de documentação das experiências coletivas de antigos moradores do local.


 
Figura 3: Edificações identificadas nas rememorações dos moradores da Dr. Assis deram origem ao mapa "Marcos da Memória". Fonte: TUTYIA, 2012.




Para acessar :  16º Anais do SHCU - Eixo 04

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