Resiliência na arquitetura assistencial histórica: a Santa Casa de Misericórdia do Pará na contemporaneidade pós-Covid

O LAMEMO em terras pernambucanas. A pesquisa em hospitais do ínicio do século xx da doutoranda Camyla Torres (PPGAU/UFPA), orientada pela professora Cybelle Salvador Miranda (PPGAU/UFPA)  ganha destaque com a aprovação do artigo no IX Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar (CBDEH) no eixo temático 2 ,"Pandemias epidemias: Desafios e oportunidades". A doutoranda representou o Laboratório e divulgou seus estudos sobre a Santa Casa de Misericórdia do Pará, com enfoque na reorganização do Hospital para realizar o tratamento dos pacientes pós exposição a Covid-19. Assim, enfatizando a importância da Santa Casa de Misericórdia neste momento pandêmico, elucidando também a necessidade de se promover estudos sobre a história da Misericórida Paraense com mais de 300 anos de assistência em saúde e caridade. Boa Leitura!

Agradecemos ao CNPq Chamada CNPq/MCTI/FNDCT Nº 18/2021 - UNIVERSAL pelo apoio ao projeto Arquitetura hospitalar: paradigmas para sustentabilidade e humanização na contemporaneidade pós-pandêmica, bem como a CAPES, pelo auxílio estudantil concedido via PROAP à doutoranda para participação no evento.

 

Figura 1: Cronograma do Evento. Foto: Camyla Torres, 2022.


 
Figura 2: Terceira capela da Santa Casa Foto: Camyla Torres, 2022


Resumo: 

A crise mundial de saúde ocasionada pela transmissão comunitária da Covid-19 gerou exigências de mobilização urgente de leitos e de estratégias de mitigação da transmissão do vírus nos ambientes de saúde, lançando um desafio atual que é a adaptação das formas de organização e operação dos hospitais em resposta às epidemias. Diante da nova pandemia da Covid-19, a Santa Casa de Misericórdia do Pará foi designada para atuar como centro de tratamento de pacientes infectados, adaptando os espaços do seu Prédio centenário para o atendimento da população. Passado o momento mais crítico da pandemia, a Santa Casa do Pará iniciou, no final de 2021, uma série de reformas em seu prédio centenário, no intuito de modernizar os espaços que estavam em funcionamento e de outros que se encontravam fechados, pois foram considerados obsoletos. Nessa análise, coloca-se em discussão a importância da permanência de determinadas estruturas do complexo para a manutenção de memórias individuais e coletivas dos usuários e a necessidade de incluir o caráter patrimonial de hospitais históricos nas discussões dos hospitais no futuro pós-pandemia. Os resultados obtidos demonstram que as novas demandas voltadas para a resiliência da arquitetura assistencial da Santa Casa do Pará não devem levar em consideração apenas o planejamento de novas estruturas flexíveis, em termos espaciais, e com protocolos práticos de manutenção, mas também devem compreender a resiliência a partir das percepções dos indivíduos, que expressam suas memórias, experiências e valores que foram fixados e moldados na materialidade desse espaço centenário e nas expectativas de bem-estar dos usuários que incluem a valorização cultural desse hospital. 

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