Sanatório Domingos Freire: um belo edifício ou antecâmara da morte?

A edição de setembro de 2020 da Revista Hydra trouxe um diálogo entre História e Saúde, abrangendo a arquitetura, serviço social e direito, reunidos a fim de proporcionar o debate a respeito experiências passadas e como aplicar o aprendizado no momento atual em que estamos vivendo. O artigo é resultado da dissertação de mestrado de Livia Costa e sob orientação da professora Cybelle Miranda, defendida no ano de 2019. 

Para quem não sabe o Sanatório Domingos Freire foi o primeiro sanatório da cidade de Belém, e estava localizado no mesmo terreno do atual Hospital Universitário João de Barros Barreto. Sua edificação está initimimamente ligada ao desenvolvimento da área, localizada no bairro do Guamá, bem como os preceitos higienistas muito difundidos no período. Apesar de ter sido completamente demolido, há ainda hoje, a memória da edificação, seja através das pessoas, dos documentos ou do antigo portão de acesso pela Rua Barão de Mamoré.  


Resumo: este artigo analisa a relação entre a higienização de Belém, e a construção do primeiro sanatório da capital, Sanatório Domingos Freire, inaugurado em 1900. Este equipamento congrega as ações de setorização da cidade modernizada em função da dinâmica proporcionada pela exportação da borracha. Do ponto de vista arquitetônico, a construção situa-se afastada do acesso principal; setorizada rigidamente entre espaços do limpo e do sujo, bem como entre os sexos, princípios compartilhados com outros sanatórios coetâneos no Brasil e em Portugal. Ao percorrer periódicos da época, depreende-se que, a despeito do discurso terapêutico que alude aos avanços da ciência moderna, o sanatório é visto de modo recorrente como local que condena à morte aqueles que para lá são conduzidos.


Palavras-chave: Sanatórios; higienismo; Belém-PA.


Para baixar o artigo basta clicar no seguinte link: Artigo Sanatório Domingos Freire

Boa leitura!

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