A experiência imagética na arquitetura “Raio que o parta”

 O artigo publicado na Revista 5% Arquitetura + Arte, de 2022, aborda um dos resultados da pesquisa da doutoranda Laura da Costa , orientada pela professora Cybelle Miranda. Assim, analisando 3 exemplares de casas situadas nas cidades de Belém e Abaetetuba, ambas no Estado do Pará, realizam um estudo imagético dos exemplares, além de expor a descaracterização da estética Raio que o Parta das edificações ao longo do tempo. Boa leitura!

 

 

Figura 1: Fachada da casa nº257. Fonte: MODESTO et al., 2013

Resumo:

“Raio que o parta” (RPQ), em arquitetura, é um termo associado à manifestação estética concebida por engenheiros, mestres-de-obras e moradores que recriaram o modernismo nas residências de classe média e popular no Pará, diferenciando-se das demais assimilações do moderno no Brasil pelo emprego de mosaicos com desenhos de setas e raios, executados com cacos de azulejos nas platibandas. Face à perspectiva comumente difundida de que se tratou de um modernismo de fachada, posto que alguns exemplares são constituídos de reformas a partir de pré-existências das arquiteturas de traços colonial e eclético, identificamos construções “de raiz” erguidas entre os anos 50 e 60 do século XX e que trazem os elementos do RQP para o espaço interno, no intuito de modernizar a casa na sua ambiência interior.

Ao constatar, nos últimos anos, o apagamento crescente dos elementos RQP nas fachadas da capital paraense, percebe-se também uma valorização de seus padrões decorativos em outros segmentos da cultura material como o design e a moda. Assim, o presente artigo discute o RQP enquanto experiência imagética do moderno através da arquitetura não-erudita, analisando três casas edificadas “de raiz” situadas nas cidades de Belém e Abaetetuba, ambas no Estado do Pará.

 

Figura 2: Detalhes do interior da residência nº 257. Fonte: Autoras, 2014 
 

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