Lançamento do Volume "Entre Imagens" – Série Imaginário: Construir e Habitar a Terra

Como parte da série Imaginário: Construir e Habitar a Terra, foram lançados os volumes "Entre Imagens" e "Entre Paisagens", publicados pela Editora Annablume com apoio da FAPESP. Essas obras atualizam e expandem as contribuições do ICHT2019, realizado entre São Paulo e Recife, reunindo reflexões sobre arte, cultura e território.

Imagem 1: Lançamento na livraria Eiffel

O evento de lançamento aconteceu no sábado, 26 de abril, às 16h, na Livraria Eiffel (Centro de São Paulo). Como contribuição do Lamemo, destaca-se o capítulo " Cine Ópera: resistência e performances de imagens e corpos" de Salma Nogueira, Mestre em Arquitetura pelo PPGAU/UFPA e Cybelle Miranda, professora doutora do PPGAU/UFPA.

Imagem 2: Salma Nogueira, com professor Arthur Rozestraten, organizador dos livros. 

Destaque para o capítulo:
"Cine Ópera: resistência e performances de imagens e corpos"
Autoras: Salma Nogueira Ribeiro (Universidade Federal do Pará) e Cybelle Miranda (Universidade Federal do Pará)

Resumo:

As primeiras exibições erótico-pornográficas registradas em Belém do Pará remontam a 1911. Nas décadas de 1970 e 1980, os cinemas de rua da cidade exibiam frequentemente filmes do gênero, atraindo um público majoritariamente masculino. Desde 1986, o Cine Ópera se mantém como um dos últimos remanescentes desses espaços, resistindo à crise dos cinemas de rua e preservando sua programação exclusivamente voltada para o gênero. Único cinema do Brasil a projetar películas pornográficas com equipamentos movidos à queima de carvão, o Cine Ópera se destaca como um locus de sociabilidade e resistência técnica. Localizado em frente à Praça Santuário, ponto central do Círio de Nazaré, o cinema transcende sua função original, transformando-se em palco para performances de corpos e imagens que ressignificam o espaço. Através de uma pesquisa etnográfica, as autoras exploram como a tecnologia obsoleta e a atmosfera envelhecida do local criam um cenário único, onde a projeção na tela é apenas o pano de fundo para narrativas vivas, encenadas pelo público. O Cine Ópera emerge, assim, como um objeto exemplar para pensar as relações entre cinema, cidade e práticas culturais não ortodoxas.




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