IV ENANPARQ: Diálogos ampliados na Sessão "Arquitetura Assistencial e Saúde: discutindo concepções e protagonistas".


Entre os dias 25 e 29 de julho de 2016, ocorreu no campus central da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), na cidade de Porto Alegre, o IV ENANPARQ, encontro bianual promovido pela Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (ANPARQ). As conferências foram realizadas no prédio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRGS.

Figura 1: Prédio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRGS.

Figuras 2 e 3: Debates durante a sessão.

Dentre as sessões previstas na programação, no dia 28 de julho houve a sessão Arquitetura Assistencial e Saúde: discutindo concepções e protagonistas, presididas pela Prof.ª Dr.ª Cybelle Salvador Miranda e pela Prof.ª Dr.ª Marcia Rocha Monteiro. Foram selecionados cinco trabalhos para compor a sessão a fim de discutir os respectivos trabalhos de acordo com a temática central.

Figura 4: Prof.ª Cybelle Miranda e Prof.ª Márcia Monteiro durante a sessão.

Figuras 5, 6 e 7: Apresentação dos trabalhos selecionados: Andreia Lopes, Cecilia Ribeiro e Antônio Carvalho.

Logo abaixo, segue o título dos trabalhos selecionados para a apresentação, o resumo da sessão, o currículo resumido das mediadoras, além do arquivo em PDF do artigo Arquitetura Assistencial e Saúde: discutindo concepções e protagonistas.

Trabalhos selecionados para apresentação

1. Andreia de Freitas Lopes e Marília Maria Brasileiro Teixeira Vale (Universidade Federal de Uberlândia): O PIONEIRISMO E A OBRA DE FREI EUGÊNIO MARIA DE GÊNOVA EM UBERABA E A CONSTRUÇÃO DE UMA CIDADE MAIS SALUBRE (figura 5)
2. Luiz Amorim e Cecília Ribeiro (Universidade Federal de Pernambuco): DO HOSPITAL DE PRONTO SOCORRO DO RECIFE AO HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO: O ESPAÇO HOSPITALAR EM DOIS TEMPOS (figura 6)
3. Antonio Pedro Alves de Carvalho (Universidade Federal da Bahia): MEIO AMBIENTE E ESTABELECIMENTOS ASSISTENCIAIS DE SAÚDE: DA SEGREGAÇÃO À HUMANIZAÇÃO
4. Ana Paula Vieceli (PROPAR/Universidade Federal do Rio Grande do Sul): A CASA E O CAIS: DISJUNÇÃO DA ARQUITETURA NO ENCONTRO COM OS LUGARES DA LOUCURA (figura 7)
5. Leila Lopes e Natalia Naoumova (Universidade Federal de Pelotas): O uso da cor como ferramenta de humanização de ambientes de assistência à saúde infantil sob a percepção do usuário: caso de estudo Pelotas – RS

Arquitetura Assistencial e Saúde: discutindo concepções e protagonistas 

Inscrita no corpo das investigações sobre a arquitetura da saúde, a definição conceitual e de concepções da Arquitetura, cumprindo o papel de ‘auxílio’ proposto sob o signo da caridade, da filantropia e da assistência, constitui o cerne desta sessão de discussão. Propõe-se destacar o projeto de arquitetura, considerando o entrelaçamento desses dois campos de saber: arquitetura e saúde, na trajetória histórica da instituição hospitalar, seja em aspectos físico-funcionais, estéticos, médico-científicos, tecnológicos, geográficos, socioculturais, políticos ou econômicos. Cumpre ainda compreender a Arquitetura assistencial no contexto de seus financiadores e projetistas, sejam eles monarcas, arquitetos, médicos, mecenas, filantropos ou instituições, acentuando os trânsitos entre Brasil e Portugal, nos séculos XIX e XX e o diálogo com pesquisadores de outros domínios territoriais. Esta sessão faz parte do Grupo de pesquisa “Saúde e Cidade: arquitetura, urbanismo e patrimônio cultural", registrado no Conselho Nacional de Pesquisa – CNPq (Brasil), integrando pesquisadores da Universidade Federal do Pará e da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) e busca dar continuidade ao Colóquio Internacional Arquitetura assistencial luso-brasileira da Idade Moderna à contemporaneidade: espaços, funções e protagonistas, realizado em novembro de 2015 em Lisboa, em cooperação entre a Universidade Federal do Pará, a Universidade de Lisboa e a Universidade Lusíada, integrando neste painel a Universidade Federal de Alagoas. No âmbito das pesquisas realizadas por esse Grupo, as investigações sobre a arquitetura da saúde ampliaram-se, ganhando novos contornos com o diálogo interinstitucional, no Brasil e Além-Mar, abrangendo a assistência à saúde da população de um modo geral e suas especificidades como a institucionalização da assistência à saúde do trabalhador. Soma-se a isso a visão necessária aos objetivos das instalações físicas que constituem sua materialidade e que o arquiteto tem como ação básica estabelecer ordenação estética e técnica e aplicar esses conceitos às diferentes necessidades e interesses dos grupos sociais alvos.
Palavras-chave: Arquitetura assistencial; Patrimônio da saúde; modelos hospitalares; intercâmbios culturais.

Curriculum resumido

Cybelle Salvador Miranda, Arquiteta e Urbanista pela Universidade Federal do Pará e Doutora em Antropologia pela mesma Universidade, com Pós-doutoramento em História da Arte pela Universidade de Lisboa. Coordena o Laboratório de Memória e Patrimônio Cultural (LAMEMO), da Universidade Federal do Pará e é vice-diretora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFPA. Investigadora associada ao Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e europeias (CLEPUL/Universidade de Lisboa), Integrante dos Grupos de pesquisa junto ao CNPq “Cidade, Aldeia e Patrimônio”, “Representações, imaginário e tecnologia”; "Saúde e Cidade: arquitetura, urbanismo e patrimônio cultural". Recebeu bolsas da CAPES na Pós-graduação e do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Lidera pesquisas com apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e do CNPq.

Marcia Rocha Monteiro, Arquiteta e Urbanista pela Universidade Federal de Alagoas, UFAL, (1981); Doutora em Ciências Humanas: História Econômica, FFLCH-USP, (1997-2001) bolsa Capes, tese Saúde e Açúcar: História, Economia e Arquitetura do Hospital do Açúcar de Alagoas, 1950-2000; Pós-doutora pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, FAU-USP, (2004-2006) bolsa CNPq, sob supervisão do Professor Titular Nestor Goulart Reis Filho; Docente em Cooperação Técnica no Departamento de Medicina Preventiva DMP da Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP, ( 2007-2010), atuando como: Docente do Curso de Medicina nas Unidades Curriculares Necessidades em Saúde (2º ano) e Vigilância em Saúde (3º ano); Membro do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão NAI-UNIFESP; e Colaboradora do Departamento de Engenharia, DEI-UNIFESP. Docente da Universidade Federal de Alagoas desde 1982, sendo Coordenadora do Curso de Arquitetura e Urbanismo da FAU-UFAL, Campus Maceió (1986-1991) e (2011-2012), atualmente Professora Associada da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Alagoas, FAU-UFAL, exercendo a função de Vice-Diretora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, FAU-UFAL, Campus Maceió (mandato 2014-2017). Publicações: A saúde Pública em Alagoas no Brasil Império: caminhos e descaminhos (2004), reeditado em 2013; Hospital do Açúcar de Alagoas: arquitetura e assistência à saúde - 50 anos de História (2015).


Comentários

Anônimo disse…
Esse encontro especial reuniu pesquisadores e profissionais na busca de um diálogo sobre a arquitetura assistencial em distintos tempos e da qualidade dos ambientes para a saúde da população.

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